O Grupo Future Healthcare tem como missão “proporcionar aos seus clientes acesso às melhores condições de saúde, vida e bem-estar” e, não o poderia fazer sem que os seus colaboradores também as tenham, quer em Portugal quer nas diferentes empresas do Grupo em outros países. Por forma a dar cumprimento a esta função, procurámos em primeiro lugar salvaguardar a saúde dos colaboradores e famílias, seguindo de forma rigorosa as recomendações oficiais, em particular da DGS. Foi um desafio enorme, colocar praticamente toda uma empresa em trabalho remoto. Foi necessária uma dinâmica de toda a organização, com a realocação de material, ajuste de formas de trabalho, de gestão de equipas bem como, de toda a forma de gestão e monitorização da produtividade de pessoas e sistemas. O cumprimento dos níveis de serviço aos clientes definidos com os mesmos e dos seus interesses são cruciais para nós, e a sua manutenção foi também um dos nossos objectivos primordiais. A equipa está a ter uma óptima resposta ao trabalho remoto, demonstrando uma enorme responsabilidade e capacidade de adaptação. A comunicação é fundamental neste processo, pelo que aumentámos o contacto com todas as geografias usando uma Newsletter com partilha de informação e curiosidades, que na realidade gerou uma onda positiva muito além do que tínhamos previsto, e que teve o enorme mérito de aproximar todos os colaboradores em torno do que é “Ser FH”. Por outro lado, pretendeu-se garantir a continuidade e crescimento da empresa e dos postos de trabalho, antecipando com medidas concretas a crise económica e financeira que já teve início, continuando a avaliar estas medidas a cada momento. E por fim, sendo nós um Grupo com matriz na inovação e olhar constante nas necessidades das pessoas, procurámos ajustar a oferta da nossa prestação e assistência médica a esta nova forma de entrega em remoto, e lançámos a telemedicina, com a Virtual Clinic.
Sabemos que, apesar de ocupar uma posição importante na área Financeira, a Patrícia também é uma líder muito sensível às pessoas. Como resumiria o grande desafio de equilibrar as duas áreas?
Tradicionalmente sempre que se pensa numa responsabilidade financeira, as primeiras imagens que ocorrem são de redução de custos, de maximização de margens e de lucros, de optimização de financiamentos/investimentos e de optimização fiscal. E não estaremos muito afastados da realidade… Mas a verdade é que nada disto se alcança sem uma gestão dedicada às pessoas que são quem torna a empresa uma realidade viva. As pessoas são o mais importante activo que uma empresa tem. Uma empresa é um organismo que necessita de ser nutrido, formado e desafiado para alcançar o melhor de si e, os propósitos e objectivos que lhe são colocados. E só com o alinhamento e trabalho das suas pessoas é possível alcançar os reptos que são lançados ou que surgem, como este que vivemos. A forma como o fazemos, o foco na optimização ao invés do corte cego, a melhoria das ferramentas que permitem um aumento de produtividade, a utilização de sistemas de inteligência artificial, tudo isto e tanto mais, são óptimas conciliações das duas áreas. O segredo está na fórmula que maximiza a satisfação dos diversos stakeholders. “É importante tomar decisões com a cabeça e é imprescindível que não lhes falte coração.”
Alguma mensagem que gostaria de deixar aos líderes e colaboradores de empresas neste momento de grandes mudanças para todos?
Esta pandemia e a forma como estamos a vivê-la tem e terá um impacto profundo na forma como encaramos a saúde, o trabalho, as relações humanas, …. Estamos todos mais sensíveis para as questões da saúde e todos damos mais valor aos que nos são próximos. A economia está a sofrer um forte impacto que se agravará nos próximos tempos e, embora comecemos a sair e a viver esta “nova normalidade”, em primeiro lugar as pessoas precisam acreditar na sua segurança. Por outro lado, estes últimos tempos demonstraram que o uso da tecnologia é benéfico e pode aproximar ao invés de distanciar. E que, acima de tudo, é um elemento facilitador que acompanha esta alteração do comportamento do consumidor, que se tornou mais exigente, informado, mas mais disposto para os serviços à distância que lhe conferem qualidade de vida e imediatez no consumo. A capacidade de inovar e de se adaptar são fundamentais para a sobrevivência e acima de tudo para o crescimento. Deveremos sempre aproveitar o melhor de cada situação e aprender com ela. É exactamente isto que perseguimos com esta nova realidade no Grupo FH do d.Health!