A realidade que temos vivido nos últimos anos diz-nos que a idade média da população europeia está a aumentar, estando a população a envelhecer cada vez a um ritmo mais acelerado e sendo a esperança média de vida cada vez maior. Tendo em conta este panorama, é importante dedicarmos algum tempo à reflexão acerca daquilo que acontece quando as pessoas entram em idade de reforma, bem como o impacto que isso tem para as organizações.
Atualmente, em Portugal, a idade legal para ter acesso à pensão por velhice (conhecida por reforma) é aos 66 anos e cinco meses. Contudo, considerando o aumento da esperança média de vida previsto, espera-se que quando as pessoas que estão agora a entrar no mercado de trabalho chegarem à idade da reforma, esta rondará os 70 anos de idade. Assim, é importante ter em atenção que durante bastante tempo profissionais de diferentes faixas etárias convivem na mesma realidade organizacional, sendo necessário formar para que haja um compromisso na partilha de diferentes visões.
Efetivamente, é importante que os profissionais se vão preparando para quando a fase da reforma chegar às suas vidas. Quando falamos desta preparação não nos referimos apenas à cautela financeira que, cada vez mais, tem que se ter em conta. É importante que as pessoas percebam que entrar na reforma não é sinónimo de um estilo de vida parado, podendo voltar a estudar, dedicar o seu tempo ao turismo, descobrir novos passatempos ou fazer voluntariado. Por isto, a reforma deve ser encarada, por parte dos profissionais como um novo recomeço.
Por sua vez, o panorama das organizações pode ser outro. Ver os profissionais que conhecem a empresa a fundo sair pode ser um processo complexo, para o qual estas têm que se preparar com antecedência. É necessário que se treinem novos profissionais para ocupar as funções que vão ser abandonadas pelos membros que vão entrar na reforma. Dar a conhecer processos, clientes e formas de trabalhar pode ser fundamental para que esta transição seja facilitada e não impacte negativamente a organização. Optar por formar novos líderes e por colocar os membros que vão sair a passar conhecimento aos colegas, pode ser também uma boa estratégia, de modo a garantir que não há conhecimento que se perde, bem como que a experiência é valorizada.
Deste modo, percebemos que a entrada na reforma requer uma preparação quer para o profissional, quer para a organização que este vai abandonar. A MY CHANGE capacita neste sentido, fazendo ações junto das empresas que sensibilizam e ensinam a lidar com estes processos de mudança. Esta é uma mudança inevitável, sendo que se for preparada convenientemente não trará impactos negativos, irá sim potenciar a organização evoluir. Na intervenção feita pela MY CHANGE encorajamos a partilha de conhecimento e auxiliamos na formação de novos líderes, nunca esquecendo os profissionais que ao saírem têm de encarar esta nova fase como positiva, deixando-os com um sentimento de reconhecimento.