Uns acreditam que já aconteceu. Outros afirmam que é uma moda.
A verdade é que a revolução tecnológica/transformação digital já se dá desde os anos 90, e desde aí ainda não parou! É algo que irá acompanhar sempre as nossas vidas, com tendência a crescer exponencialmente. A cada década que passa, demoramos menos a chegar à próxima invenção, pelo que devemos habituarmo-nos a atualizar-nos para o resto das nossas vidas, caso não queiramos ficar para trás.
Mas afinal, o que é a transformação digital? Que impacto tem, de facto, nas nossas vidas?
Esta transformação é, em parte, uma integração constante da tecnologia que ao desafiar a capacidade de adaptação permite o crescimento e a oportunidade de fortalecer estratégias, de inovar e dinamizar.
A digitalização do mundo trouxe duas grandes vantagens:
A primeira foi a aproximação entre as pessoas que estão longe fisicamente; a segunda, muito importante para o mundo empresarial, a facilitação de processos através dos novos softwares. Quanto à primeira vantagem, um simples Facebook ou Twitter são bons exemplos, e hoje em dia há notícias que chegam primeiro por estas redes do que pelos Media. A velocidade da informação acelerou freneticamente, há distância de um clique podemos saber ou mesmo ver, o que se passa no outro lado do mundo.
Já quando falamos da segunda vantagem, há cada vez mais empresas que estão presentes nas redes sociais e têm site próprio. As que ainda não aderiram a esta forma de comunicar os seus produtos tendem a desaparecer, “vítimas” da transformação digital.
Estas simples adaptações que já damos como certas fazem uma diferença enorme na comunicação entre cada empresa, com os seus clientes, colaboradores, fornecedores, etc. Os constantes avanços tecnológicos que facilitam a comunicação, apelam a que as empresas reinventem e fortaleçam a sua comunicação, seja externa ou interna.
Embora estivesse já a acontecer este investimento na digitalização, a pandemia veio aumentar a adesão às novas tecnologias. O teletrabalho passou a ser uma realidade comum. E, em Portugal, esta adaptação em que empresas e pessoas mudaram o seu local de trabalho para as suas casas, deu-se de forma relativamente pacífica. As empresas com maior ou menor dificuldade adaptaram-se à nova fase.
No entanto, as realidades diferem de caso para caso, e não falando apenas das condições tecnológicas, têm surgido várias questões tais como: Embora haja muitos trabalhos que podem ser feitos a partir de casa, será que todos os trabalhadores querem abdicar do escritório? Qual o equilíbrio certo entre o teletrabalho e o trabalho presencial? Depende da função, da pessoa ou da empresa? Como manter ou melhorar a produtividade nesta nova forma de trabalhar?
Embora atualmente esta digitalização esteja a ser utilizada para a proteção individual de cada um, no futuro pode ser vista no tal equilíbrio entre o teletrabalho e o trabalho presencial, de maneira a promover o comprometimento, a ligação emocional com a empresa, uma relação saudável entre colaboradores e uma melhor qualidade de vida para todos.
Em suma, não há uma resposta certa à pergunta, mas todos sabemos que a tecnologia é uma arma poderosa. E sendo algo com poder, pode ter um impacto tanto positivo, como negativo. Tudo depende da sua gestão.
Todos temos formas diferentes de adaptação: uns afirmam que ganharam mais tempo livre, demasiado por vezes; outros, reclamam que o momento em que se “desligam” do trabalho já não existe. É uma transformação que traz facilidades, e por acréscimo, um grande sentido de responsabilidade e equilíbrio.
Concluindo, devemos refletir sobre a comodidade que hoje nos é oferecida, sem que nos tornemos reféns dela. Não podemos deixar que as nossas relações se tornem tele-relações.