Setembro: O Recomeço

Recomeçar é uma palavra cheia. Cheia de oportunidades e de desafios. Cheia de movimentos diferentes dos quais estávamos habituados. Cheia de futuro e de escolhas que nos permitem evoluir e sentir-nos ainda mais realizados.

Este tem sido um ano diferente do habitual. A rotina que fazia parte do nosso dia-a-dia deu lugar a novos hábitos e tarefas, que agora já dominamos e conhecemos, e que concluímos que nos tornaram mais fortes. Ou pelo menos mais capacitados. Houve muitas mudanças significativas que ganham agora novos sentidos.

Começamos a ter uma maior consciência de que as relações sofreram transformações. Nem sempre conseguimos alimentá-las com a presença física e proximidade que nos seria óbvia e imprescindível. E isso é algo que gera em nós várias emoções e sentimentos distintos. Mas, por outro lado, reconhecemos que ganhámos em formas alternativas de nos contactarmos. Muitas delas mais ágeis, eficientes, práticas e rápidas.

O período de férias que vivemos foi um convite a parar. Precisávamos todos de fazer reset e de carregar a nossa pilha. Tenham sido apenas uns dias ou um mês, importa que tenha sido um tempo repleto de experiências positivas. Fomos convidados a fazer balanços e também a projetar o futuro. Tivemos tempo para ganhar novas perspetivas acerca dos momentos que aí vêm e para nos compreendermos melhor a nós próprios.

Merecemos todos descansar e é algo que devemos privilegiar. O descanso aumenta a produtividade e contribui para a criatividade. Dois elementos fundamentais nas Organizações e, sem dúvida, fatores-chave no contexto atual.

Este recomeço, que o mês de setembro marca, é essencial para alargarmos o nosso campo de visão. Compreendermos que existem atitudes e comportamentos que estão ao nosso alcance e que poderão ser desenvolvidos, melhorando a nossa qualidade de vida, nomeadamente a nossa capacidade de resposta aos desafios impostos.

Cabe-nos a nós próprios encararmos este novo semestre com ânimo e energia, acreditando que todas as mudanças contêm em si oportunidades e caminhos.

Apoiarmo-nos nas nossas conquistas diárias e partilharmos os sucessos da nossa Equipa e Empresa, fortalece-nos interiormente.

Recomecemos. Não só em setembro, mas sempre que necessário.

Ser Responsável na Gestão da Mudança

O artigo, escrito pela Maria João Martins, sócia da MY CHANGE, fala sobre a a atitude que devemos adotar em processos de mudança. Veja o conteúdo, ao qual pode aceder também nesta hiperligação.

“Para transformar o mundo, seja o das Organizações em que nos movemos, ou de forma mais micro, o das nossas equipas e missões, é fundamental ter uma atitude responsável.

O Mundo à nossa volta é, também, aquilo que quisermos que seja.  E para isso é importante assumir uma voz interior que nos diz que podemos fazer a diferença.

Nas transformações reativas ou proativas, assistimos a diferentes posicionamentos que naturalmente impactam os resultados.

Estes são sempre diferentes, consoante o sentimento e a atitude para participar de modo responsável numa onda de mudança que se deseja positiva.

Um mero Observador, achará que mudar não é para si e sim para os outros, ficando a olhar de testa franzida, vendo a terrível mudança epidermicamente fora de si e pensará «Eles que mudem», «Eles que façam», «Isto não é para mim», «Já fiz o que tinha a fazer, agora que avancem outros», «Tudo vai ficar na mesma, para quê mudar?».

A outro nível poderemos encontrar os Atores da mudança, aqueles que convidamos a participar na alteração das coisas e que se deixam envolver e embarcar por uma visão de que existem estádios novos e diferentes a alcançar, que certamente são uma vantagem.

Não percebendo totalmente que vantagem é essa, deixam-se levar pela onda que sentem à sua volta, avançam, mas não deixam afluir dentro de si o capital emocional que é tão fertilizante de tantas potenciais conquistas e pensarão «Se querem que eu mude, eu mudo, mas não sei onde isto vai parar».

Uma atitude mais responsável percebemos nos Autores da mudança, aqueles que ficam criadores da própria história de transformação, que acreditam e sentem, que podem fazer a diferença, que se revelam como exemplos de energia inventiva, inspirando e mobilizando os outros, arriscando novos caminhos e soluções, na esperança de chegar a um novo paradigma.

Revelam muitas vezes a humildade para abandonar velhas praticas e crenças, para dar espaço à nova forma das coisas e reaprender continuamente.

Fazem as perguntas certas, com a liberdade e responsabilidade que sentem serem suas de propor, influenciar e assim escrever novas páginas na sua Organização, na sua Equipa ou mesmo na sua vida.

Devemos sentir-nos abençoados por respirarmos o mesmo ar destes agentes e facilitadores da mudança.

São eles que, com muita curiosidade pelo novo, nos permitem sonhar com o ensinamento  que Gandhi nos deixou: «Que somos a mudança que queremos ver no mundo»!”

Maria João Martins
Partner MY CHANGE