Top 10 skills: Gestão de Pessoas

26 Outubro, 2017

A Gestão de Pessoas caracteriza-se pelo conjunto de políticas e práticas definidas de uma organização, para orientar o comportamento humano e as relações interpessoais no ambiente de trabalho. O principal ativo das organizações são as pessoas, com isso a empresa tem a necessidade de se tornar mais consciente e atenta aos seus funcionários. A Gestão de Pessoas nas organizações é a função que permite a eficácia de seus funcionários para alcançar os objetivos da empresas e individuais. As Pessoas podem ampliar as forças de uma organização, dependendo da maneira que são tratadas, dessa forma aumentando o desempenho e a eficácia organizacional.

 

Uma pesquisa realizada pela PwC debruçou-se a levantar perspetivas de como será o mundo do trabalho em 2020. De acordo com os resultados, foram identificados três diferentes mundos alternativos ou modelos de negócios que aparecem como grandes tendências norteadoras do pensamento corporativo.

 

No “Mundo Azul”, o capitalismo das grandes corporações reinará de modo supremo, as estratégias de carreiras estarão cada vez mais complexas e o tema risco em gestão de pessoas será levado mais a sério. Além disso, as relações serão baseadas em metas de receita e lucro, e os padrões dentro das organizações serão estereotipados e cada vez mais estabelecidos. Outro fator apontado refere-se à preocupação na retenção de talentos. As empresas mundo azul irão diferenciar-se pelos benefícios dados aos funcionários, mas por outro lado, estes serão obrigados a destacarem-se melhor nos resultados, para não correrem o risco de serem descartados.

 

O “Mundo Verde” caracteriza-se pela consciência e o senso de responsabilidade ambiental. O impacto para o trabalhador é claro: grande parte das pessoas gozará estabilidade em seus empregos desde que suportem os valores e objetivos corporativos em torno da “agenda verde”. A preocupação dos especialistas é que neste modelo altamente regulamentado a capacidade de inovar tende a diminuir consideravelmente, existindo pouquíssimas empresas dispostas a correrem riscos. Este mundo está orientado a trabalhar para o cliente. Nestes casos, o sucesso das empresas é caracterizado pelas suas credenciais sócio-ambientais, o que significa que os incentivos não estarão relacionados apenas à remuneração.

 

No “Mundo Laranja”, as empresas serão fragmentadas em companhias locais sustentadas pelos avanços tecnológicos que possibilitarão um modelo de negócios no qual ser pequeno será a coisa certa para empresas e pessoas. Neste caso, totalmente ambientados às inovações tecnológicas e inseridos em redes de relacionamento, os profissionais desenvolverão carreiras autónomas sustentadas por competências complexas e estarão organizados em associações profissionais que irão gerir as suas oportunidades de trabalho contratadas a curto prazo. O papel do RH será o de recrutar pessoas, sem estar diretamente ligada com a retenção e desenvolvimento delas. Por outro lado, as empresas de pequeno porte utilizarão o capital intelectual como ferramenta, e trabalharão sempre com tecnologia de ponta, o que pode favorecer a competição com as grandes organizações do mundo azul, por exemplo.

Não se sabe qual destas três perspetivas irá orientar-nos em 2020 ou se coexistirão, o que muitos acreditam ser a hipótese mais provável.

 

“A melhor maneira de prever o futuro é criá-lo.” – Peter Drucker

 

 

Referências Bibliográficas:

World Economic Forum, The Future of Jobs: Employment, Skills and Workforce Strategy for the Fourth Industrial Revolution, 2016.

PricewaterhouseCoopers, Managing tomorrow’s people connectedthinking, The future of work to 2020, 2007.